Na semana passada, aludimos à facilidade com que as crianças adquirem a língua de seus pais. O impressionante é que tudo ocorre naturalmente, apenas pelo contato da criança com outros falantes da língua. A “sala de aula” ou “laboratório de pesquisas” desse pequeno aprendiz está em cada experiência do dia a dia.
Esse cientistazinho forma palavras e sentenças com a língua, relacionando algo aqui com outro lá, misturando algo ali e comparando com outro cá, procedendo a uma verdadeira construção da gramática. Por exemplo, quando uma criança diz “eu fazi”, não está simplesmente “falando errado”, está realizando uma complexa analogia. Provavelmente, ela conhece diversos verbos que possuem infinitivo em -er, como beber e comer, e sabe, por experiências anteriores, que esses verbos em primeira pessoa são terminados em –i (bebi e comi), assim, pela lógica natural, um outro verbo que ela não conhece (fazer), deve, como os anteriores, em primeira pessoa, possuir terminação em –i (“fazi”). Em momento posterior, por meio de novas experiências, ela irá aprender que alguns verbos são irregulares e não seguem as regras de conjugação dos demais (fazer – fiz).
Um outro exemplo dessa fantástica habilidade de observar criticamente a língua e seus sons pode ser percebida quando a criança trava contato com os nomes de pessoas. Ao observar que a maioria das mulheres possui nome terminado em ‘a’ e que a maioria dos homens possui nome terminado em ‘o’, assume isso como regra. Ao se deparar com nomes terminados em ‘e’, ‘l’, ‘ar’, ‘i’, como Alexandre, Isabel, Osmar e Keli, é comum a confusão no uso do artigo feminino ou masculino. É difícil, para a criança, conceber que ‘o’ tio Osmar, do sexo masculino, é casado com ‘a’ tia Lucimar, do sexo feminino, pois ambos terminam em –ar.
O mais importante a respeito de todas essas operações é que a criança, ao realizá-las, está raciocinando, relacionando, descobrindo e evoluindo.
Esse cientistazinho forma palavras e sentenças com a língua, relacionando algo aqui com outro lá, misturando algo ali e comparando com outro cá, procedendo a uma verdadeira construção da gramática. Por exemplo, quando uma criança diz “eu fazi”, não está simplesmente “falando errado”, está realizando uma complexa analogia. Provavelmente, ela conhece diversos verbos que possuem infinitivo em -er, como beber e comer, e sabe, por experiências anteriores, que esses verbos em primeira pessoa são terminados em –i (bebi e comi), assim, pela lógica natural, um outro verbo que ela não conhece (fazer), deve, como os anteriores, em primeira pessoa, possuir terminação em –i (“fazi”). Em momento posterior, por meio de novas experiências, ela irá aprender que alguns verbos são irregulares e não seguem as regras de conjugação dos demais (fazer – fiz).
Um outro exemplo dessa fantástica habilidade de observar criticamente a língua e seus sons pode ser percebida quando a criança trava contato com os nomes de pessoas. Ao observar que a maioria das mulheres possui nome terminado em ‘a’ e que a maioria dos homens possui nome terminado em ‘o’, assume isso como regra. Ao se deparar com nomes terminados em ‘e’, ‘l’, ‘ar’, ‘i’, como Alexandre, Isabel, Osmar e Keli, é comum a confusão no uso do artigo feminino ou masculino. É difícil, para a criança, conceber que ‘o’ tio Osmar, do sexo masculino, é casado com ‘a’ tia Lucimar, do sexo feminino, pois ambos terminam em –ar.
O mais importante a respeito de todas essas operações é que a criança, ao realizá-las, está raciocinando, relacionando, descobrindo e evoluindo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Se desejar, deixe seu comentário, sugestão, elogio ou crítica.