terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Começa a guerra do Paulistão

Uma conhecida marca de cerveja brasileira tem veiculado a ideia de que os jogadores de futebol são verdadeiros guerreiros. Um dos principais ícones da campanha é o corintiano Ronaldo, considerado um grande lutador dentro e fora dos gramados.
A comparação entre guerra e futebol não é recente, ao menos se considerarmos o vocabulário usado por narradores, jogadores, técnicos e torcedores brasileiros. Vejamos.
Tudo se inicia na concentração, onde o comandante abre mão de sua experiência em confrontos anteriores para armar seus combatentes. Já no início do duelo, o treinador lembra que vencer a batalha é importante para não morrer na praia. Nessa hora, são importantes as estratégias ofensivas e defensivas, a proteção dos setores vulneráveis e a disciplina.
Em campo, os jogadores, com bravura, têm a missão de derrotar o oponente. Os atacantes e, entre eles, o grande artilheiro, têm a função de atingir a meta do adversário. Por descuido do arqueiro ou da defesa, o ponta de lança pode cruzar a área adversária e passar para o matador furar o bloqueio. Os desarmes são fundamentais no combate.
Para que a bomba do rival não atinja o objetivo, o importante é posicionar bem a barreira. Tem barreira que é uma verdadeira muralha. No caso de bombardeio do inimigo, o jeito é apelar para o contra-ataque, que pode ser mortal, se for feito pelos flancos. Aí é só fuzilar a retaguarda do opositor e correr para abraçar o capitão. O responsável pela vitória vira um herói e tem direito de beijar seu escudo diante da multidão. É nesse momento que o grito de guerra da torcida toma conta da arena, numa explosão de alegria. Pois é, confronto, combatentes, batalha, artilheiro, atacante, defesa, matador, felizmente, são apenas metáforas do futebol. Nessa guerra, travada no gramado, durante 90 minutos, ninguém morre. Que comece o Paulistão 2010!

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