terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Avaí X Barueri

Ao viajarmos pelo Brasil, é muito comum nos depararmos com palavras de origem indígena, sejam para denominar municípios, rios, bairros, times de futebol ou mesmo para nomear elementos da fauna e da flora brasileiras. A lista é infindável: Avaí, Barueri, Botucatu, Bauru, Jundiaí, Itajaí, Itu, Tietê, Paraná, Paranavaí, Grajaú, Sorocaba, Tanabi, Tatuapé, Itaquera, Jaguaré, Pirituba, abacaxi, cajá, caju, cupuaçu, maracujá, jaguatirica, tatu e milhares de outros vocábulos. Muitos devem estranhar o fato de alguns deles serem acentuados e outros não. Avaí, por exemplo, leva acento, Barueri, não.
É importante lembrar que todas essas palavras, apesar de possuírem origem indígena, seguem hoje as mesmas regras de acentuação de outras palavras do português.
Os vocábulos que possuem a última sílaba tônica (oxítonos), somente devem ser acentuados se terminados em ‘a’, ‘e’, ‘o’ e ‘em’, seguidos ou não de ‘s’. Assim, acentuam-se, por exemplo, Tatuapé, Tietê, Paraná, cajá e maracujá e não se acentuam Barueri, Botucatu, Bauru, Itu, Tanabi, abacaxi, caju, cupuaçu e tatu.
Para os vocábulos que possuem a penúltima sílaba tônica (paroxítonos), tem-se exatamente o contrário, já que NÃO se acentuam os terminados em ‘a’, ‘e’, ‘o’ e ‘em’, seguidos ou não de ‘s’. Dessa forma, Sorocaba, Itaquera, Pirituba e jaguatirica não são acentuados.
Se o vocábulo possui uma sequência de duas vogais em sílabas diferentes (hiato), e a vogal que está isolada é um ‘i’ ou um ‘u’, deve ser acentuado. É o que ocorre em Avaí, Jundiaí, Itajaí, Paranavaí e Grajaú.
É muito comum encontrarmos placas de trânsito em rodovias estaduais e federais que não respeitam as “leis de acentuação”. Não se deixe enganar!

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