A grande queixa dos alunos em relação às regras gerais de acentuação é se lembrar daquela série enorme de terminações de palavras paroxítonas acentuadas (UM, UNS, L, PS, X, EI (S), ÃO (S), U (S), I (S), R, Ã (S), N).
Acontece que há outra forma de sabermos quais palavras paroxítonas (palavras com a penúltima sílaba tônica) devem ser acentuadas no português.
É só “guardarmos” a regra das oxítonas e dos monossílabos tônicos (diga-se de passagem, muito mais simples), que, por consequência, saberemos quais as paroxítonas acentuadas.
Acentuamos os monossílabos tônicos terminados em ‘a(s)’, ‘e(s)’, ‘o(s)’ e as oxítonas terminadas em ‘a(s)’, ‘e(s)’, ‘o(s)’, ‘em’, ‘ens’. Isso quer dizer que acentuamos monossílabos como: pá, pé e pó e oxítonas como: maracujá, filé, jiló, refém e parabéns. Quer dizer também que não acentuamos os monossílabos e as oxítonas com outras terminações, como: vi (do verbo ver), nu, abacaxi, tatu, professor, partir, jornal etc.
Para as paroxítonas, ocorre exatamente o contrário, ou seja, não acentuamos as terminadas em ‘a(s)’, ‘e(s)’, ‘o(s)’, ‘em’, ‘ens’, como planta, frente, canto e ontem; e acentuamos as que possuem quaisquer outras terminações (“coincidentemente”, as da lista acima), como: álbum, ágil, bíceps, tórax, vôlei, órfão, bônus, hífens, vírus, táxi, ímã.
Em relação às proparoxítonas, não há mistério. Todas são acentuadas.
A mesma estratégia usada em relação às regras gerais de acentuação pode funcionar bem para as demais regras. Oxítonas terminadas em ditongo “ia” não são acentuadas, paroxítonas são. Acentua-se ambulância, mas não se acentua melancia.
É isso. Até a próxima semana.
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